sexta-feira, 7 de setembro de 2012

São Clodoaldo


07/09 - Com alegria recordamos o santo testemunho do primeiro príncipe francês que foi canonizado pela Igreja: São Clodoaldo.

Clodoaldo nasceu por volta do ano 530 d.C., era neto do primeiro rei da França, foi convertido ao cristianismo por obra de sua santa esposa Clotilde, e recebeu sólida formação.

Quando menino, teve que assitir o massacre de seus irmãos por parte dos pagãos rebeldes e inimigos políticos do pai, rei de Orléans. Já adulto, obedeceu não a voz da vingança, mas a do Senhor que o chamou para a vida consagrada num mosteiro, como sacerdote e missionário.

Cortou os longos cabelos, que era um sinal de autoridade e virilidade nos povos daqueles tempos e renunciou aos direitos do trono.
Tornando-se pelo amor e sacrificio, um símbolo frances, tanto do ideal cristão da santidade, quanto de príncipe virtuoso.

A tradição nos garante que Clodoaldo viveu de modo heróico sua vida religiosa monástica, e que porduziu muitos frutos como sacerdote e missionário, até sua morte na região de Nogent, perto de Paris, onde surgiu uma igreja em sua memória.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

São Liberato de Loro




06/09 - Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem Liberato, ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda riqueza e conforto para seguir a vida religiosa.

Renunciou às terras e ao título de senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio, em favor de seu irmão Gualtério, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino. Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas, retirou-se ao pequeno e ermo Convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Lá, vestiu o hábito da Ordem dos Frades Menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes valeu-lhe a fama de santidade.

Em "Florzinhas de são Francisco", encontramos o seguinte relato sobre ele:
No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a elevar-se do chão. Por onde andava, os pássaros o acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas, quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, à penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos dedicavam-lhe grande consideração.

Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada; por outro lado, recusava-se a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando estava, em oração, preparando-se para a morte.

Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos, aproximou-se de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e suplicou-lhe, em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse tal merecimento.

Chamando-o por seu nome, a Virgem Maria respondeu: "Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para confortar-te antes de tua partida desta vida". Assim frei Liberato ingressou na vida eterna, numa data incerta do século XIII.

No século XV, o culto a Liberato de Loro era tão vigoroso que nas terras dos Brunforte recebeu autorização para ser chamado são Liberato. Até o novo convento, construído, por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram, também, uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato.

Porém só no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica para ser chamado santo.

A festa de são Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 6 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.



Fonte: www.derradeiragracas.com

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

São Bertino

05/09 - Bertino nasceu em Konstanz, na Alemanha, e recebeu a sua formação monástica no célebre Mosteiro de Luxeuil, que seguia a austera regra de São Columbano. Foi ali que ele se consagrou ao Senhor, ao mesmo tempo que dois dos seus amigos, Momolino e Ebertrano (ou Bertrand). Se bem que ainda jovem, distinguiu-se pela sua obediência à regra austera que ali se praticava.


Naquela época, viviam em Luxeuil, nada menos de 500 frades, que era governaddos por Eustásio, imediato sucessor de São Columnao.


Em 610 Bertino foi enviado para Bobio, na Lombardia, onde a Ordem tinha recentemente aberto um novo mosteiro. Esta nova abadia tournou-se rapidamente um centro de cultura, onde se ensinava tudo o que tinha uma relação imediata com a religião. Em breve dali sairam novos bispos, cujo renome passou além-fronteiras.

Mais tarde, auxiliado por Santo Omer, São Momelino de São Pedro, fundou na ilha de Sithiu, no Artois, um novo mosteiro, que governou durante cerca de 60 anos, até que morreu com mais de 100 anos de idade. Esse mosteiro, que depois passou a se chamar de São Bertino, teve nada menos que 22 monges elevado pela Igreja às honras dos altares. Foi em torno dele que se constituiu a actual cidade francesa de de Saint-Omer.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Santa Rosália



04/09 - Santa Rosália, nasceu em Palermo, e viveu por alguns anos na corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília ( 1154-1156). Obtido como presente da rainha o monte Pellegrino, Rosália estabeleceu aí sua morada, ou melhor, escolheu-o como lugar de retiro, pela áspera solidão que ofereciam seus penhascos rochosos, inclinados sobre o mar azul. Levou vida de penitência, sendo enterrada nesse local, provavelmente depois de haver procurado outros lugares ainda mais escondidos das distrações do mundo, seguindo os exemplos dos antigos anacoretas.

A padroeira de Palermo, que desfruta de grande devoção na Sicília ao lado das mártires Águeda de Catânia e Lúcia de Siracusa, não tem história igualmente rica de testemunhas e tradições. Otávio Gaietani, um estudioso morto em 1629, lamentava por não ter achado sinais desta santa deixados pelos antepassados, mais três anos após sua morte, parece que a própria santa se incumbiu de preencher essa lacuna aparecendo em outubro de 1623 a uma mulher doente, pedindo que fosse em peregrinação à igrejinha no monte Pellegrino, áspero promontório que fecha do lado do poente em golfo de Palermo. A mulher obedeceu ao desejo de Santa Rosália, que lhe apareceu novamente e indicou-lhe o lugar onde estavam escondidos seus restos mortais. No dia 15 de julho a procura teve êxito, tendo gerado dúvidas que se tratasse de restos humanos, o arcebispo de Palermo, Giannetino Doria, constituiu uma comissão de peritos, composta de médicos e teólogos, que a 11 de fevereiro de 1625 se pronunciou pela autenticidade das relíquias. Isso reacendeu a devoção popular e Urbano VIII, em 1630, inseriu o nome da Santa no Martirológio Romano a 15 de Julho e a 4 de Setembro.

No dia 25 de agosto de 1624, quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, enquanto executavam trabalhos no covento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito rudimentar, que dizia:"Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquina."

Fonte: www.parsaojoaobatistadecamaqua.org.br

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

São Gregório Magno

03/09 - Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.


domingo, 2 de setembro de 2012

Beato João Francisco Burté

02/09 - João Francisco Burté nasceu no dia 21 de junho de 1740 em Rambervillers, Lorena, filho de João Batista e Ana Maria Colot. Aos 16 anos, solicitou ingresso entre os Irmãos Menores Conventuais do convento de Nancy. Ele iniciou o noviciado em 24 de maio de 1757, e depois de um ano totalmente dedicado ao Senhor, ele professou. No mesmo convento continuou seus estudos. Havia ali numerosos religiosos preparados em diversas disciplinas. Quando em Nancy foi instituída a Faculdade de Teologia, bom número dos Frades Menores Conventuais foram chamados para ensinar. João Francisco, que havia se distinguido pelo aproveitamento nos estudos, com apenas quatro anos de sacerdócio foi chamado para ensinar teologia, primeiro no convento, e logo na faculdade diocesana, depois de um brilhante exame.

Em 1775, ele foi nomeado guardião do convento. Depois de três anos, ele foi responsável por representar sua Província religiosa em Paris. Ele foi escolhido como um pregador do rei, porque todos o consideravam um religioso doutor, piedoso, eloquente e modesto. Por sua destacada cultura, o recomendaram ao trabalho de Bibliotecário no grande convento em Paris, onde foi nomeado guardião de mais de 60 religiosos.

Em 1789 veio o desastre da Revolução Francesa. Em 1790 foram suprimidas as ordens religiosas, e os edifícios da Igreja foram declarados de propriedade do Estado. O que se viu em seguida na França foi a luta aberta à oposição, à dispersão e ao assassinato. João Francisco e seus religiosos manifestaram sua adesão à fé, rechaçando o juramento da lei emanada do Estado contra a Igreja.


Em 12 de agosto de 1792, o bem-aventurado João Francisco, juntamente com seus religiosos foi preso, levado para o convento dos Carmelitas, transformado em cárcere. Ali foi interrogado, investigado, assim como os bispos e outros sacerdotes. Frei João se mostrou, nestas situações terríveis, sempre como um autêntico sacerdote, franciscano genuíno, rico em zelo e caridade, sobretudo com os sacerdotes perseguidos. A Igreja do Carmo estava repleta de presos, mas não se ouvia um só lamento, a Missa estava proibida e os detentos se uniam em constante oração diante do altar-mor. Entre os presos também havia três bispos. Eles prepararam um grande massacre. A guilhotina parecia demasiada lenta para cortar 500 ou 600 cabeças por dia …


Era domingo, 2 de setembro de 1792. Duas dezenas de homens armados com lanças, espadas, machados e armas de fogo atacaram João e os 180 sacerdotes prisioneiros. Eles foram barbaramente assassinados. As vítimas serenamente rezavam ou realizavam atos de heroísmo. E assim a vida do bem-aventurado João Francisco foi heroicamente imolada por sua profissão de fé. No momento do martírio tinha 52 anos.


sábado, 1 de setembro de 2012

Santa Beatriz da Silva Menezes


01/09 - Beatriz nasceu em 1424 em Ceuta, uma cidade que pertencia ao reino de Portugal, situada no norte da África, Marrocos. Sua família era da nobreza portuguesa, seu pai Rui Gomes da Silva era um ilustre comandante do exercito, sua mãe chamava-se Isabel de Menezes e freqüentava várias cortes. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal. Ao completar vinte anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois sua tia Isabel, Infanta de Portugal, que se casara com o rei de Castela, convidou a sobrinha para ser sua primeira dama de honra. Muito virtuosa e piedosa, achava que a vida do palácio não era muito compatível com seu jeito de ser e pensar, mas aceitou a nova função. E foi aí que sua provação iniciou.

Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta, inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou despertou a admiração de todos. Isto provocou o ciúme e a inveja da rainha sua tia, que passou a maltrata-la e, até castiga-la sem razão alguma. Beatriz a tudo suportou sem falar nada para ninguém. Certa ocasião, a soberana tentou asfixia-la, mantendo-a presa durante três dias numa arca sem ventilação, água e comida. Mas obrigada pelas circunstâncias, teve que soltar a sobrinha. Naquele período Beatriz recebeu a graça de uma aparição de Nossa Senhora e a incumbência de fundar uma Ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição.

Imediatamente, deixou a corte e ingressou no mosteiro de São Domingos, em Toledo, onde as religiosas viviam sob a Regra cisterciense. Uma vez aceita, cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Acalentou durante muito tempo o anseio para fundar a nova ordem religiosa. Depois de trinta anos conseguiu realizar a missão que a Virgem Maria lhe confiara, com a ajuda da nova rainha da Espanha.

Em 1479, com a união dos reinos de Aragão e Castela, rainha Isabel, "a católica", filha da soberana que atentara contra sua vida, portanto prima de Beatriz, foi visitá-la. Ao saber dos seus planos de uma nova congregação, doou à ela o palácio de Galiana em Toledo e a anexa igreja de Santa Fé. Beatriz se transferiu para a nova residência em 1484, junto com doze companheiras, dando início ao primeiro mosteiro da Ordem das clarissas da Imaculada Conceição, conhecidas como as monjas concepcionistas. Em seguida enviou o regulamento que escrevera fundamentado sob as regras das clarissas, para ser aprovado pelo Papa Inocêncio VIII, que o confirmou em 1489.

Porém, dez dias antes da cerimônia em que todas professariam a nova Ordem, Beatriz teve uma nova aparição da Virgem Maria, que lhe comunicou que ela morreria na data da festa. Por isto, professou os votos na véspera deste primeiro grupo e morreu feliz, no dia 01 de setembro de 1490. A fundadora sabia que tinha deixado na terra uma semente, recebida das mãos da Virgem Maria e que germinaria pelos séculos afora, no mundo todo.

Fonte: www.catolicanet.com